Sexta-feira, 17 de Janeiro de 2014

Ah, meu rico ferro em brasa...

"Expectável" é palavra na moda.
Durante muitos anos quase ignorada pela maioria dos portugueses, nos últimos tempos caiu-nos no goto.
Significa "presumível, provável, de esperar, espectável".
Diz Carlos Marinheiro (Ciberdúvidas, 29/06/2007): "No Brasil, além da forma expectável, ainda existe a variante expetável (in Dicionário Eletrônico Houaiss)."
E em Portugal, não?
Consultando a velhinha Enciclopédia Lello Universal, portuguesa de Portugal (Porto, 1973), lá está, a seguir à palavra, entre parêntesis, (èt).
Ou seja, pelo menos há 40 anos, também em Portugal, aparentemente, se lia "expetável", sem se pronunciar o c.
Pelos vistos, hoje não é assim.
Mas não há problema, porque, como apregoa o AO90, se se pronunciar, bota-se (melhor ainda: pranta-se); senão, não.
É como se quiser.
Ou quizer.
Eu espe(c)tava mas era uma coisa que eu cá sei num certo sítio daqueles que não sabem elaborar uma frase que seja sem lá encavarem o "expectável".
O pior é que eles se calhar até gostavam...

 

publicado por Mário Pereira às 18:23
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Sábado, 14 de Dezembro de 2013

Estes linguistas são doidos!

O palavrão do ano

Alguém ouviu, no decorrer deste ano, desabafos do género: "Estes bandidos do governo levaram-me o 13.º mês. Filhos duma grande coadopção"? 


http://visao.sapo.pt/o-palavrao-do-ano=f761251#ixzz2nU1aNvgp


«Bombeiro, coadopção, corrida, grandolada, inconstitucional, irrevogável, papa, piropo, pós-troika e swap!»

C'um caneco! Então e o vernáculo, seus trafulhas? Dass...ilva!

A mim todos os dias me passam pela cabeça (e pela boca!) muitas palavras e garanto que nenhuma delas consta da lista da Porto Editora para palavra do ano.
É só ouvir a cambada de «governantes», «comentadores», «empresários» de sucesso, «banqueiros», «jornalistas» e outros vendedores de banha da cobra que nos tentam convencer de que a miséria é não só inevitável como desejável e merecida.
No ano passado, ganhou uma palavra que nunca ninguém tinha ouvido antes, nem voltou a ouvir depois: «entroikado».
No ano anterior, tinha ganho «austeridade».
Em 2010 fora eleita a palavra «vuvuzela».
Cá para mim, a Porto Editora anda a inventar palavras para ver se as pessoas actualizam os dicionários...
Como diria o analfabruto do Cavaco, nunca fiz, não faço, nem fazerei (http://www.youtube.com/watch?v=tG2kpY2KoIA) comentários sobre a vida dos linguistas. Mas lá que andam a inventar de mais, lá isso...
Rais os parta!

publicado por Mário Pereira às 20:27
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Quinta-feira, 5 de Dezembro de 2013

A merda do Acordo Ortográfico tem as costas largas...

- Pacto leva C;
- Impacto leva C;
- Facto leva c;
- Cágado leva acento (cagado é outra merda totalmente diferente);
- Apto leva P;
- Victor Jara e Victor Hugo leva C;
- Designar leva G;
- Raul e paul não levam acento no U;
- Peru e cu tb não;
- Rubrica também não;
- Diz-se glicemia e não glicémia, porque também se diz anemia e não anémia;
- O singular de cara[c]teres é cará[c]ter e não cara[c]tere;
- Residencial não leva acento circunflexo no E; residência é que leva;
- Beneficência e não beneficiência;
- Precariedade e não precaridade;
- E tantos et caetera...

Analfabrutos, parem de atirar as culpas para a merda do AO!
Dass...ilva...

publicado por Mário Pereira às 22:55
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JÁ NÃO HÁ PACHORRA!

- Há (às vezes Á...) anos ATRÁS;
- SOBRE pressão;
- SAIR à rua;
- ENTRAR [para] dentro;
- Estreia ABSOLUTA;
- AMBOS os dois (um e outro);
- Constelação de estrelas;
- Amigo PESSOAL;
- Eu PESSOALMENTE;
- É SUPOSTO provocar;
- QuinhentAs gramas (quinhentos, se faz favor);

PORRA, que fala-se (e escreve-se) cada vez pior!

publicado por Mário Pereira às 22:54
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Terça-feira, 26 de Novembro de 2013

Eh pá, estes incendiários, pá...

"A violência está à porta" - Mário Soares

"Exclusão e desigualdade social farão explodir a violência" - Papa Francisco
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=3554098
publicado por Mário Pereira às 21:05
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Sábado, 23 de Novembro de 2013

Alemanha, o gigante europeu [também] da prostituição

«A Alemanha tornou-se um imenso bordel, diz o ‘Economist’. Com 400 mil prostitutas/dia a servir um milhão de clientes, o país de Merkel é já o destino de “turismo sexual” na Europa…»

http://inteligenciaeconomica.com.pt/?p=19309

 

Deixa lá ver:

- 400 mil prostitutas/dia a servir um milhão de clientes;  

- 2,5 trancadas por prostiputa;

- 65 dólares por trancada (48,395 euros ao câmbio de hoje, mas arredondemos para 50, até porque é mais verosímil);

- 50 milhões de euros por dia em pinocadas;...

- vezes 365 dias, dá mais de 18 mil milhões de euros por ano.  

Estas meninas poderiam, se quisessem – e, como diria o Crato, se não comessem –, pagar o nosso resgate em pouco mais de quatro anos.  

Andando actualmente a dívida pública portuguesa à volta de 215 mil milhões de euros, as gajas poderiam pagá-la, a preços actuais (que até não são especialmente caros, como se pode ver aqui: http://www.havocscope.com/black-market-prices/prostitution-prices/) em pouco mais de uma dúzia de anos.  

Evidentemente, sem contar com os juros, nem com o que a dita cuja dívida ainda vai aumentar até lá.  

Percebe-se assim melhor a pujança da economia alemã.  

Putas do car...!

  

PS - Só por curiosidade, sempre gostava de saber quanto é que a chefe delas levará por sessão. Sendo uma puta fina (ou grossa, depende do ponto de vista...), deve ser para cima de uma pipa de massa. 

 

publicado por Mário Pereira às 20:22
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Segunda-feira, 11 de Novembro de 2013

Deus não existe...

 

publicado por Mário Pereira às 22:27
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Domingo, 10 de Novembro de 2013

SOB é debaixo. SOBRE é por cima!

O idiota do ministro dos negócios (dele) estrangeiros disse na Índia - onde foi com uma data de chulos como ele gastar mais uns milhares do nosso dinheiro - que Portugal só evita um novo resgate se os juros descerem para 4,5%.

Imediatamente o Seguro comentou: "Eu aconselhava, e apelo ao primeiro-ministro, é que ponha juízo nos seus ministros para que eles não criem mais problemas para o país".

Uma impossibilidade, uma vez que um maluco não pode pôr juízo seja em quem for, nem nele próprio...

Para o secretário-geral do PS, estas afirmações do Machete "colocam Portugal sobre uma pressão que não precisava"...

SOBRE pressão!

Ou seja, para ele Portugal está em cima da pressão e não debaixo dela.

Uma coisa é o fatela do Paulo Bento confundir SOBRE (em cima) com SOB (em baixo) dez vezes em cada conferência de imprensa.

Agora do Seguro esperava-se mais um bocadinho.

Não muito, mas um bocadinho... duas letrinhas...

publicado por Mário Pereira às 21:49
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Gente fina e... massa bruta

Eu sei que sou um bocado abrutalhado (falta-me a "finesse" da gente... fina).

Mas ao ver a notícia de um restaurante de luxo com reservas esgotadas há meses, em que o "chef" (o melhor do mundo!) põe num prato enorme um filetezito minúsculo de linguado por cima de umas pinceladas de diversos tipos de... vomitado (pelo menos assim me pareceu), aquilo deu-me asco.

Por três razões:

Porque é um prato todo apaneleirado;

Porque é tão pouca quantidade que um gajo quando acaba de comer fica com a mesma fome que no princípio;

Porque há gente que adora gastar centenas de euros em coisas destas, ao mesmo tempo que defende que milhares de pessoas devem aceitar de bola baixa e agradecidos salários do mesmo valor.

Vou dizer com todas as letras o que me vai na alma, numa única palavra: PUTAQUEOSPARIU!

publicado por Mário Pereira às 21:42
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Quarta-feira, 2 de Outubro de 2013

Lá, como cá, o mexilhão...

Nos Estados Unidos, a guerra entre deputados democratas e republicanos impediu a aprovação do orçamento... de 2014.

Primeira impressão:

- Eh, pá, os americanos são mesmo rigorosos. O orçamento de 2014 é aprovado até 1 de Outubro de 2013, hã? Por cá, muitas vezes, nem no dia 1 de Janeiro. E quando  é aprovado a tempo, sofre sempre uma carrada de orçamentos rectificativos ao longo do ano...

Resultado desta disputa: 800 mil funcionários públicos "menores" foram mandados para casa, por não haver dinheiro para lhes pagar.

Segunda (e final) impressão:

- Lá, como cá, quem se lixa é sempre o mexilhão. É que para os FDP dos deputados (congressistas) continua a haver dinheiro...

Num país tão rico como os Estados Unidos, não deixa de ser estranho que esta luta tenha por base a oposição dos republicanos ao chamado Obamacare, ou seja, ao plano do Obama para garantir cuidados de saúde a todos os americanos, incluindo aos mais de 40 milhões de pobres.

Por cá, ainda não chegámos a esse ponto.

Mas para lá caminhamos...

Também para nós, é muito estranho ver milhares de funcionários públicos irem para casa, por não haver dinheiro para lhes pagar, assim, sem mais nem menos, sem tribunais, nem manifestações, nem greves, nem campanhas agressivas na comunicação social.

Mas para lá c... pois.
publicado por Mário Pereira às 12:12
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