Terça-feira, 6 de Março de 2012

Rússia, Ieltsin, Putin, Abramovitch, comunismo, czarismo, democracia, estabilidade, petróleo, mafia...

“Observadores consideram que Putin foi beneficiado”

http://aeiou.visao.pt/observadores-consideram-que-putin-foi-beneficiado=f650480

Este é o título da Visão.

“Afastado cenário de fraude eleitoral na Rússia”

http://aeiou.expresso.pt/afastado-cenario-de-fraude-eleitoral-na-russia=f709242

E este o do Expresso.

Pelos vistos, não há unanimidade relativamente ao assunto...

O Putin era o delfim do Ieltsin. Seguiu e continua a seguir a sua política. O Ieltsin deu a independência a estados que nunca tinham sido independentes e que não tinham reivindicado essa independência. A maioria desses estados vive hoje sob ditaduras ou "democracias musculadas". A própria Rússia tem sido acusada disso em diversas ocasiões.

Uma coisa é certa: após a queda do comunismo, as riquezas russas, que antes eram propriedade do Partido Comunista e usadas essencialmente no armamento desmesurado, mudaram de mãos. Foram "privatizadas", eufemismo para significar que foram roubadas pela oligarquia entretanto instituída. Muitos desses oligarcas eram jovens de 20 ou 30 anos.

Um deles, o Abramovich, que no início da sua "carreira" conseguiu a proeza de desviar um comboio com dezenas de carruagens cheias de combustível destinado ao exército, comprou o Chelsea e já lá enterrou, segundo notícias recentes a propósito do despedimento do Vilas Boas, mais de 1.300 milhões de euros. A sua fortuna actual está avaliada em mais de 7.000 milhões de euros e, segundo os entendidos, aumenta de dia para dia por si só, sem que ele tenha que fazer nada por isso. Aliás, não deve fazer muito, porque está sempre "batido" nos jogos do seu (na verdadeira acepção da palavra) clube e as equipas inglesas jogam no mínimo duas vezes por semana.

Os russos, tal como no tempo do comunismo e antes, no tempo dos czares, continuam a viver na miséria e as suas enormes riquezas continuam a ser desbaratadas por meia dúzia de bandidos.

Apesar disso, o povo continua a votar no Putin, com ou sem fraudes, porque aprecia a “estabilidade”. Confesso que esta palavra, aplicada à política com o sentido de dar a maioria absoluta a alguém, de preferência repetidamente, sempre me fez confusão, na medida em que a estabilidade, na minha modesta opinião, não deveria ser um valor em si, mas sim um meio para conseguir alcançar coisas boas para todos.

Ora, será isso que está a acontecer na Rússia?

publicado por Mário Pereira às 09:32
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