Custa sempre perder, mas esta é a forma como custa menos, porque foi na lotaria dos penaltis. Em duas horas de jogo, a Espanha campeã europeia e mundial não nos conseguiu vencer. Aliás, nessas duas horas, e apesar de algum ascendente no início e principalmente no prolongamento (pronto, o banco deles é melhor...), fez apenas um remate direito à baliza, que o Rui Patrício defendeu bem, como lhe competia. Claro que nós também não fizemos nenhum remate direito à baliza, o que é um bocadinho mau, mas isso não apaga o excelente jogo que fizemos.
Do Hugo Almeida não vale a pena falar, que não sabe mais. Mas aquele falhanço escandaloso do Cristiano Ronaldo à beira dos 90 minutos foi uma pena. Não é por isso que ele deixa de ser um grande jogador, mas, como se costuma dizer em futebolês, os grandes jogadores vêem-se nos grandes jogos e a verdade é que ele falhou... Não foi o homem do jogo e provavelmente do Europeu (e do Mundo) porque não conseguiu marcar aquele golo. Ainda hoje, ao ver o golaço do Balotelli me voltei a lembrar disso. (Entretanto, a Alemanha foi à vida, como já tinha ido a outra equipa maravilha deste Europeu, a Rússia. Sem esquecer a Holanda, que era uma maravilha "antes" de o Europeu começar...)
Voltando ao colectivo, pela primeira vez (as quatro batatas que lhes enfiámos há ano e meio foram a feijões) vi uma equipa a combater com sucesso o habitualmente tão eficaz jogo espanhol, o célebre tiqui-taca, transformando-o num verdadeiro taco-a-taco! (Aprende Mourinho...) Com isso ganhou o jogo, como sempre ganha quando é disputado como deve ser: por duas equipas e não com uma a jogar e a outra a correr atrás da bola.
Nos penaltis (um bocadinho de má-língua), o Cristiano Ronaldo nem chegou a marcar, não sei se por falta de confiança para marcar logo de início, já que falhou dois recentemente, ou se por causa das suas enormes peneiras o terem levado a querer ser o quinto para poder ser "ele" o marcador do golo decisivo. Os melhores marcadores devem ser os primeiros a marcar, para dar confiança. Assim fez o Nani, que marcou o penalti mais bem marcado de todos os nove. O Cristiano, mais uma vez, perdeu uma grande oportunidade. Paciência, outras virão. Espero que também na selecção e não apenas no Madrid. É que já estou farto das alegrias dos espanhóis à custa dos portugueses. Até porque depois eles se acham sempre superiores, apesar de a história (desde Aljubarrota até ao recente resgate que também tiveram que pedir) demonstrar que não o são.
Viva Portugal!
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