Sábado, 14 de Julho de 2012

TC entre a extinção e a governação

"Uma solução para ir buscar os dinheiros do corte dos subsídios, defende o presidente do TC, pode ser tributar os rendimentos do capital, outra é cortar no dinheiro que é dado aos partidos, como acontece na Madeira, onde os partidos dão o excedente que recebem do Estado a instituições sociais." 

http://expresso.sapo.pt/presidente-do-tc-defende-corte-nos-subsidios-aos-partidos=f739463#ixzz20amBBlj1

Absolutamente de acordo com a primeira parte. 

Quanto à segunda, embora tenda a concordar, todos sabemos que os partidos recebem dinheiro de privados. Basta lembrar o caso dos sobreiros, por exemplo, ou aquele pormenor cómico do "Já Cinto Leite Cá Pelo Rego". 

Isto significa que as subvenções públicas para os partidos não lhes chegam. Cortar mais, torná-los-á portanto ainda mais dependentes dos privados, os quais, como é óbvio, não dão nada a ninguém sem receberem algo em troca. 

Relativamente à generosidade dos partidos na Madeira, é estranho. Como é que funciona? Os partidos dão voluntariamente o excedente do que recebem aos pobrezinhos? Ou há regras? E quem as determina? Numa região em que mais de metade das pessoas e a grande maioria das empresas vive à sombra do Estado, afinal não é só “mamar”? Ou os dinheiros públicos são tantos que até dão para os partidos organizarem as suas próprias festinhas de caridade? Se nos lembrarmos de um comício (e bebício...) do Bloco de Esquerda, há uns meses, ao qual as pessoas compareceram em massa para comer e beber, pondo-se depois a mexer sem darem tempo ao Louçã de "botar faladura", parece que as carências dos madeirenses já chegaram às mais elementares.

O TC vive tempos conturbados. Enquanto uns advogam a sua extinção pura e simples e outros “apenas” a sua despromoção a uma secção do Supremo, face às suspeitas de partidarização dos seus juízes e, consequentemente, à dificuldade de se conseguirem nomear pessoas com credibilidade, aparece agora o seu Presidente (numa fuga para a frente?) a dizer como se deve governar o País.

Um bocado confuso, pelo menos para mim…

publicado por Mário Pereira às 13:26
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