Eu não mudo a ortografia que sempre utilizei.
Não porque o malfadado acordo seja inconstitucional. Aliás, já mete nojo, esta conversa das inconstitucionalidades a propósito de tudo e de nada. A Constituição não é propriamente um Corão que tenha que se seguir de uma forma fundamentalista e completamente deturpada por fanáticos mal intencionados.
Para mim, são dois pontos, essencialmente, os que me fazem ser contra este acordo:
1. A alteração da grafia pode levar à alteração da pronúncia das palavras. Exemplo: "espéctador" passa a "espetador" (o segundo e lê-se como na palavra "espetar". O mesmo para "expéctativa", que passa a "expetativa", esta com a agravante de manter o "c" no Brasil (eispéctátchivá).
2. É um disparate fazer um acordo com um país em que se trata tão mal a nossa Língua, como é o Brasil, apenas porque são muitos. Qualquer dia teremos que mudar novamente o acordo, se os moçambicanos, ou os angolanos, que também são muito mais que nós, decidirem começar a escrever como falam?
"uu tem que OBDC UU"? Ou seja, "os mais pêquênu tem que óbêdêcê os mais grande"?
"Mais não é póssívéu! Nóis táva tão sussêgádjinhu e viéro essis cara mudá tudo só púrrqui tem lá muita gêntchi que não sábiá iscrêvê o purrtugueis! Intão vóceis acham qui ágora êlis vão aprendê à iscrévê e à fálá?"
Tantas reguadas que a minha geração levou na escola primária para aprender a escrever sem erros, para nada?
"Dois três quatro cinco meia sete oito, tá na hora de molhar o biscoito": é possível entender isto sem tradutor?
DASS!... C_R_LH_S F_D_ C_R_LH_! _A_A__O_ _O_Ó _A_A__O!