Este ano «só» morreram 29 na «Operação Hermes», montada pela GNR para controlar e fiscalizar o trânsito nas alturas mais complicadas de ida e regresso de férias dos portugueses.
No ano passado, pela primeira vez em 50 anos, morreram menos de 700 pessoas nas nossas estradas. Foram «só» 690!
Espectáculo!
Este ano ainda «só» morreram dois ou três por causa dos incêndios!
Categoria!
Segundo o presidente do Sindicato da Construção de Portugal, Abano Ribeiro, «desde o princípio do ano registaram-se 20 mortes em acidentes laborais na construção, mais quatro do que em período homólogo do ano passado».
http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=185986
Nice!
Apesar de a construção ter levado um tombo de todo o tamanho, têm morrido mais trabalhadores, «o que se explica pelo desinvestimento por parte dos empresários na segurança».
Sim senhores!
São mais de duzentos mil acidentes de trabalho por ano, fora os que não são registados.
São milhões de horas de trabalho perdidas.
Milhões de euros de prejuízo para as empresas.
Milhões de euros de custos para as seguradoras.
Milhões de euros de custos para o Estado, com as despesas médicas (tratamentos e medicação) e com as baixas.
Em 2010 e 2011, apesar da diminuição do número de horas trabalhadas, inverteu-se a tendência de diminuição de mortes por acidentes de trabalho da última década.
Porquê?
Por causa do desinvestimento na segurança.
Os empresários acham que a formação e a segurança são custos e não investimentos.
Depois, podem ter sorte ou não. É como o euromilhões, só que ao contrário.
De vez em quando, lá acontecem uns acidentezitos, uns estropiamentos, umas mortes…
Outras vezes, há uns incêndios.
Aqui é mais grave, porque os prejuízos financeiros são mais avultados…
Com os incêndios florestais é a mesma coisa.
Há mais de um milhão de desempregados, mas não se investe um tusto na limpeza e no ordenamento florestal.
Depois, haver ou não grandes fogos depende exclusivamente de fazer mais ou menos calor.
Os milhões de euros de prejuízos, mais o que se gasta no combate aos incêndios, davam e sobravam para pagar a quem fizesse a limpeza e vigiasse as matas, mas nenhum governo considera prioritárias essas medidas.
Porquê?
Porque, tal como os empresários, também os políticos as consideram um custo e não um investimento.
Tal como no início das descobertas, os portugueses continuam a navegar à vista.
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