As três religiões abraâmicas, monoteístas, são, por ordem de aparecimento, o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo.
O Judaísmo é a mais antiga das três e também, de longe, a que tem menos seguidores. Existe no Mundo um único país em que é maioritária, embora haja muitos judeus disseminados pela Europa e pela América, especialmente os Estados Unidos e o Canadá. Esse estado, Israel, deve ser (o Vaticano não conta, por não ser bem um país, apesar de ser um estado independente) o único país em todo o planeta que foi criado por motivos religiosos.
Esta religião tem uma característica absolutamente bizarra, que é o facto de os seus seguidores se considerarem «o povo eleito por Deus». Como se tivesse algum sentido haver um único Deus para toda a humanidade e esse Deus escolher precisamente «aquele» povo. De acordo com esta lógica, Deus terá dado aquele território aos Israelitas, de maneira que, mais de três mil anos depois e dois mil após terem de lá saído, decidiram reivindicá-lo.
O Judaísmo nunca conseguiu (nem tentou…) expandir-se, conquistar outras «almas». Fechou-se na sua concha, talvez por não ter grande coisa a oferecer. Os seus seguidores foram forçados à diáspora pelos romanos, diáspora essa que resistiu durante séculos e em 1948 deu finalmente origem a um estado independente, Israel. O mundo ocidental permitiu-o, não porque reconhecesse a legitimidade dessa suposta «dádiva» divina, mas por má consciência. Na verdade, os judeus foram sempre perseguidos pelos cristãos, com o argumento de que eles foram os responsáveis pela morte de Cristo. Essas perseguições culminaram com o Holocausto nazi, em que seis milhões de judeus foram assassinados. As primeiras grandes migrações para a Palestina começaram no século XIX, tendo continuado durante todo o século XX. No final da II Guerra Mundial, os judeus da Palestina tornaram-se particularmente agressivos relativamente aos ingleses, que administravam a região. Na tentativa de resolver o problema, os países ocidentais acabaram por possibilitar a criação de um estado judaico, convencidos (ingenuamente?) de que o convívio com os povos árabes daquela região seria possível. Tem-se visto…
Com o apoio dos EUA, onde, apesar de constituírem apenas três por cento da população (mesmo assim, mais do que em Israel), exercem imenso poder e influência (quem os critica é imediatamente rotulado de anti-semita), os judeus têm feito dos constantes conflitos com os árabes a principal razão (e suporte) da sua existência. À boa maneira das «Guerras Santas» cristãs da Idade Média, o nome de Deus é por eles invocado para «legitimar» a violência brutal que exercem sobre os seus vizinhos árabes, os quais sempre viveram e nunca saíram daqueles territórios.
O Islamismo, a mais recente das «três irmãs», foi criada pelo profeta Maomé há cerca de 1400 anos e rapidamente se expandiu por todo o mundo árabe, e não só, sendo nos nossos dias uma religião com quase tantos seguidores como o Cristianismo. A maioria dos países muçulmanos rege-se ainda hoje pelo livro sagrado do Islamismo, o Corão, na sua versão mais fundamentalista e radical, com práticas violentíssimas sobre as mulheres, a quem tratam pior do que ao gado (porque o gado vale dinheiro e as mulheres gastam-no...), bem como sobre os ladrões, a quem têm o hábito de cortar uma mão (ai se a moda pegasse por cá...).
Apesar de existirem quase tantos muçulmanos nos EUA como judeus, não têm de forma nenhuma a mesma importância e são mesmo olhados com desconfiança. Na perspectiva destorcida e primária de muitos americanos, cada muçulmano é um potencial terrorista. O mesmo se passa na Europa, onde também existem muitos milhões de muçulmanos. É claro que se põem a jeito, com as caricatas histórias que regularmente nos chegam da insistência na utilização das burkas, véus e vestidos muito largos pelas mulheres, da proibição das mesmas mulheres conduzirem automóveis, do barulho irritante que fazem os altifalantes com as suas ladainhas ou, ainda, dos conselhos que os imãs gostam de dar aos seus fiéis para que batam nas suas esposas quando elas «se portam mal».
O principal problema, no entanto (especialmente no Médio Oriente), não parece ser o Islamismo, mas sim o petróleo, o conflito israelo-árabe e os regimes autoritários (alguns dos quais apoiados pelos países ocidentais). A miséria em que a maioria das pessoas vive nestes países, associada à falta de esperança em melhorias conseguidas através da actuação política, são terreno fértil para os extremismos religiosos. Paradoxalmente (ou talvez não, os extremos tocam-se...) existe um «nacionalismo religioso» parecido na direita cristã nos EUA e judaica em Israel.
Finalmente, a religião com mais seguidores em todo o Mundo e também a dominante nos países ocidentais. A prática do Cristianismo, seja sob a forma católica, anglicana, protestante, ortodoxa ou outra qualquer, não tem nada que ver com a religião apregoada por Cristo. Por uma razão muito simples: Cristo apregoou a tolerância, a paz, a caridade e, principalmente, o AMOR AO PRÓXIMO! Quem é que ama, ou alguma vez amou, o próximo como a si mesmo neste Mundo? Quem é que dá a outra face quando é agredido? Sem falar na sentença de Jesus de que «é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos Céus». Ou seja, a fabulosa riqueza acumulada por alguns convive na «paz dos anjos» com a dramática miséria de muitos...
Conclusão: as religiões não são mais do que instrumentos nas mãos de gente ambiciosa, que através delas consegue manipular e dominar muitos milhões de crentes bem intencionados. Para mal dos nossos pecados, não passam de um (excelente) meio de que muitos líderes mundiais se servem para atingirem os seus fins, que são essencialmente RIQUEZA e PODER.
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