Terça-feira, 20 de Março de 2012

O povo gosta de ser enganado...

Popularidade de Cavaco nunca foi tão baixa

O Presidente da República está a pagar caro o preço das suas intervenções. E já é o chefe de Estado com o menor apoio popular desde que há eleições.

http://expresso.sapo.pt/popularidade-de-cavaco-nunca-foi-tao-baixa=f712388#ixzz1pdzwVJSN

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Popularidade de Cavaco Silva a descer

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A «queda» de Cavaco

A popularidade do presidente da república nunca esteve tão baixa

http://www.tvi24.iol.pt/politica/barometro-popularidade-cavaco-silva-jose-socrates-ferreira-leite-paulo-portas/1099721-4072.html

 

Et cetera...

 

Conclusão: este povo não sabe o que quer.

Por um lado, quer um presidente interventivo, não quer que Cavaco faça aquilo que ele faz melhor: NADA! Nada no discurso, nada nas acções.

Ou seja, o povo não quer uma "rainha de Inglaterra".

Por outro lado, quando ele fala é criticado e a sua popularidade desce a níveis nunca vistos.

Será culpa dele, porque na verdade não diz nada com jeito, ou nossa, porque só estamos bem a criticar?...

É como com a situação de bancarrota do País: os governos (principalmente os do Sócrates, que foram os últimos) é que têm a culpa, porque gastaram à tripa-forra.

No entanto, tem sido sempre assim que se têm ganho eleições, com promessas (aliás, raramente cumpridas), com facilitismos, criando ilusões de riqueza.

Lembram-se do oásis de Cavaco, traduzido em crédito fácil para comprar electrodomésticos, carros, casas e férias?

Pois é, foi nessa altura que se desbarataram muitos milhões de Bruxelas em jipes, no lugar de tractores (na agricultura) e de barcos (nas pescas), ou em formações da treta dadas por instituições privadas sem a mínima qualidade, no lugar de uma melhor educação pública, ou em obras públicas, grandes sorvedouros de dinheiro, como o CCB, as autoestradas, a ponte Vasco da Gama e a Expo 98, por exemplo, ou mesmo em hospitais enormes, mal concebidos e pior executados, tudo isto com desvios colossais em termos orçamentais.

Portugal passou a produzir menos e a consumir mais, importando muito mais.

Mas não fazia mal, porque íamos passar a ser um País de serviços. O turismo ia ser a nossa salvação...

Este descalabro começou com Cavaco, claramente.

Quem veio a seguir continuou e aprimorou, nomeadamente passando a importar mão-de-obra em massa (muitas vezes em condições miseráveis) para as grandes obras públicas, porque os portugueses tinham "estudos" (toda a gente fazia um cursozinho de computadores...) e não queriam ser operários. 

Os bancos, que agora se armam em vítimas, dizendo com o maior desplante que foram "obrigados" a emprestar dinheiro ao Estado, invadiram os media com doses maciças de publicidade enganosa, com créditos para tudo e mais alguma coisa, incentivando as pessoas a juntar no empréstimo da casa o respectivo recheio, um ou dois carros e férias na República Dominicana. Criaram as contas ordenado (com juros) e os cartões de crédito (com juros altos). Por fim, inventaram os malfadados créditos pessoais (com juros altíssimos), para pagar os empréstimos anteriormente contraídos.

Investimentos reproduzíveis, nicles, antes consumo até à náusea e endividamento galopante, público e privado.

Todos (ou quase...) caímos nessa, convencidos de que a torneira da Europa nunca fecharia.

Portugal tinha entrado no "clube dos ricos", ponto final.

Os emigrantes ficavam embasbacados, quando cá vinham de férias. Portugal já não era o paisinho paupérrimo e atrasado que eles tinham deixado a salto vinte ou trinta anos antes.

Viu-se...

Agora, que o sonho acabou, fazemos o que é habitual em nós: arranjamos um bode expiatório. Os políticos em geral, mais concretamente os governantes, esmiuçando, o Sócrates.

Mesquinho e rancoroso como sempre foi, também Cavaco enveredou por esse caminho, exibindo os mais baixos instintos humanos, tão característicos das sociedades primitivas: quando alguém é apanhado a roubar, todos lhe atiram pedras, incluindo aqueles que também roubam. Ou, dito de outra forma, "quando alguém está em baixo, até os cães lhe mijam nas pernas".

Encontrado o culpado, que só não linchamos na praça pública porque ele se pisgou (já agora, alguém é capaz de lhe perguntar de que é que ele vive, se não trabalha e não herdou fortuna?...), lavamos as mãos das nossas responsabilidades, como se não tivéssemos nada que ver com o assunto, e sentamo-nos à espera que a crise passe.

Só que desta vez vai demorar...

publicado por Mário Pereira às 08:32
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Sexta-feira, 16 de Março de 2012

Fait divers

Polémica na Assembleia da República, entre os "suspeitos do costume", PSD e PS, relativamente à comissão de inquérito do PBN

Estas notícias têm que ser dadas, claro. Mas trata-se das palhaçadas em que os nossos partidos políticos são useiros e vezeiros. O que conta em relação ao BPN é se, por uma vez, este desgraçado País consegue punir os bandidos de colarinho branco que nunca se cansam de nos roubar, ou se, como de costume, se faz um grande "show off" mas no final toda esta "bandidagem" se safa impunemente, com os milhares de milhões a salvo nas "offshores".

 

* * *

 

Portugal gastou 15 milhões em vacinas mas destruiu mais de metade (Lusa)

Portugal comprou dois milhões de vacinas contra a gripe A, por 15 milhões de euros, mas acabou por destruir mais de metade, que equivale a 9,7 milhões, segundo a sub-diretora geral da Saúde.

 

* * *

 

Governo gastou 160 mil euros por mês em viagens (SAPO)

Entre Junho e Dezembro do ano passado, o governo gastou mais de 1 milhão de euros em deslocações ao exterior e despesas daí decorrentes, em mais de 240 viagens realizadas por ministros ou secretários de Estado. Em média, 160 mil euros e 34 viagens por mês.

 

* * *

 

Sócrates em Paris: 'À grande e à francesa' (Correio da Manhã)

Sócrates gasta 15 mil euros/mês em Paris. O ex-primeiro-ministro que anunciou aos portugueses as medidas de austeridade que afectam hoje tanto as famílias como todos os sectores económicos nacionais, vive na capital francesa, num apartamento de luxo com renda mensal de sete mil euros. Pelo mestrado em Ciência Política paga mil euros/mês e pelo colégio do filho, quase 2200 euros/mês. Sem emprego nem poupanças que alguma vez tenha declarado ao Tribunal Constitucional, José Sócrates não sofre com a austeridade que anunciou. Será abusivo perguntar a este artista onde é que vai buscar este dinheiro? O princípio de direito "inversão do ónus da prova" pode continuar a servir para proteger bandidos?

 

* * *

 

Entretanto, a factura da electricidade pode aumentar mais 2% e o governo entretém-se a anunciar uma tolerância de ponto (só) no Natal...

publicado por Mário Pereira às 11:03
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